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É impressionante que, no corrente debate sobre o Islão, seja na esfera acadêmica ou na jornalística, ninguém — absolutamente ninguém, nem os próprios muçulmanos, ou mesmo os ditos reformistas islâmicos — chega a mencionar que a questão mais importante de tal religião não é outra senão o fato de que ela se funda numa escritura (o Alcorão) que defende da maneira mais explícita (clara, direta, inequívoca) possível (e, desta forma, como nenhuma outra do gênero infelizmente o faz) a religião natural; isto é: a religião baseada na razão; em outras palavras: uma mundividência racional baseada na crença em Deus.

Se as pessoas soubessem que (1) a filosofia ocidental tem estado lutando nos últimos 500 anos sem qualquer sucesso para estabelecer uma definitiva mas moralmente satisfatória cosmovisão baseada meramente na razão (o Humanismo); e que, (2) ao contrário do que o leigo moderno pensa, até mesmo a academia ocidental reconhece a existência factual de uma cosmovisão racional baseada na crença em Deus (o que eles preferem chamar de teologia natural); então, demonstrar que o Alcorão realmente dá todo o apoio necessário a tal abordagem teria para elas (particularmente no ocidente) até mesmo um significado histórico.  

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